A sessão começou com a palestra “Aneurismas em mulheres – diferenças e desafios”, do Dr. Armando Lobato (SP), presidente nacional da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV), que fez um apanhado sobre a patologia em pacientes do sexo feminino, apontando dados estatísticos da doença em mulheres, os fatores de risco, detalhando expansão e ruptura, a patofisiologia, as implicações hormonais nessa interação.

Abrindo o segundo turno de palestras do AortaTalks, a sessão “O Time Aorta” trouxe à tona, justamente, a mensagem foco do evento que é a multidisciplinaridade no tratamento de patologias de Aorta. O painel foi moderado pelo Dr. André Brito (BA), cirurgião vascular e membro da Comissão Científica do evento, e teve como debatedores os médicos Dr. Diogo Azevedo (BA) e Dr. Edwaldo Joviliano (SP).

O almoço no AortaTalks também foi com conteúdo! Na sessão “Almoço com Casos – Desafio”, oferecida pelo patrocinador Medicicor, em parceria com a Clínica IVA, os participantes tiveram a oportunidade de, juntos, avaliarem casos clínicos complexos, discutindo e debatendo de forma ampla sobre condutas, planejamentos, diagnósticos e possibilidades de tratamentos cirúrgicos.

Dando sequência à sessão “Aorta Torácica e Toraco-Abdominal”, Dr. Rubens Pierry (BA), falou sobre “Quais critérios realmente importam na Dissecção Tipo B não complicada?” e foi seguido por Dr. Carlos Abath (PE), referência em comorbidades aórticas, que trouxe a palestra “Dissecção Aórtica residual – estratégias para oclusão da falsa luz”, em que discorreu brevemente sobre técnicas de tratamento de dissecção crônica comumente usadas em diversas parte do mundo e também no Brasil, com ou sem o uso de dispositivos.

Ainda na sessão “Aorta Torácica e Toraco-Abdominal”, Dr. João Pedro Carvalho (BA), cirurgião vascular da Clínica IVA e membro da Comissão Científica do evento, trouxe “Coarctação da Aorta em adultos” e pontuou sobre os acometimentos da doença, apresentando estudos mundiais e locais recentes sobre a temática. “A abordagem multidisciplinar é essencial, a individualização do cuidado se torna fundamental e é isso que a gente vem fazendo no trabalho realizado no Hospital Ana Nery, em Salvador”, conclui.

Bastante esperada, a terceira sessão do AortaTalks teve como tema geral “Aorta Torácica e Toraco-Abdominal”. A mediação ficou por conta do Dr. Paulo Menezes (BA), cirurgião vascular da Clínica IVA e membro da Comissão Científica do evento.

Muito mais do que uma pausa necessária, os coffee breaks do AortaTalks se firmaram como momentos de encontros, interação e uma extensão importante do conhecimento compartilhado durante as sessões técnicas do evento.

“O padrão ouro para o arco aórtico ainda é a cirurgia aberta. O tratamento endovascular tem avançado com um empurrão da indústria, em termos de próteses e inovações. E, falando em técnicas alternativas, o Brasil é pioneiro em técnicas envolvendo stents em paralelo. Penso que o grande avanço que vai acontecer nos próximos anos é a mudança cultural. Quem tem que estar no centro do tratamento é justamente a aorta e se fizermos o que estamos fazendo aqui, nos comunicar, será o grande diferencial dos próximos anos”, alertou Dr. André Brito durante o debate da sessão “Arco Aórtico”.

A segunda sessão técnica do AortaTalks teve como foco o “Arco Aórtico” e reuniu especialistas da Bahia e de Pernambuco em uma plenária acalorada sobre os temas: “Reintervenção no Arco Aórtico após tratamento prévio da Dissecção Tipo A”, palestra do Dr. Jackson Brandão (BA), “Dissecção Aórtica Aguda vs Crônica – quais as diferenças nos exames de imagem?”, com Dra. Adriana Matos (BA), “Arco Aórtico – estratégias endovasculares”, com Dr. André Brito (BA), “Técnicas para reduzir a ejeção do VE no tratamento endovascular envolvendo a Zona 0”, proferida por Dr. Luciano Barreira (BA), que detalhou manobras anestésicas possíveis em intervenções, e “A Isquemia Cerebral é o ‘calcanhar de Aquiles’ dos procedimentos que envolvem o Arco Aórtico”, palestra do Dr. Eduardo Pessoa de Melo (PE), que destacou dispositivos inovadores e recentes utilizados em tratamentos cirúrgicos, suas implantações, evidências relacionadas a alguns deles e sua correlação com isquemias cerebrais.

Fechando a sessão “Aorta Ascendente”, na palestra “Cirurgia Aberta e Endovascular são complementares – o que aprendi ao longo dos anos”, Dr. Rodrigo Bernardes (MG) compartilhou a sua vasta experiência de mais de trinta anos como cirurgião cardiovascular. “O mais importante na cirurgia de aorta é tratar o paciente com pouca agressão. Quanto menos se agredir o paciente, melhor resultado se tem”, destacou.